Por Ana Carolina Izi
A crise brasileira praticamente chegou a seu ápice, são mais de 13
milhões de desempregados, a maioria dessas pessoas são pais e mães de família
que perderam seus empregos, por conta do fechamento ou falência de grandes
empresas. Contudo, em meio a todo esse turbilhão, algo me incomoda
profundamente. Os recrutadores têm ciência de tudo o que está acontecendo no
país, entretanto ainda insistem em restringir a contratação de profissionais
que estão com alguma restrição no nome. Lembrando que antes do fatídico
desemprego, esses profissionais honravam suas contas religiosamente, porém, com
a escassez do dinheiro e as bocas para serem alimentadas, a escolha óbvia é
comprar alimentos e pagar as contas de consumo e moradia, pois, geralmente a
maioria dessas pessoas moram em casas alugadas.
As empresas de cobrança contratadas para ligar diariamente, para o
devedor, seus parentes, vizinhos e assim o fazem sucessivamente. A maioria
delas, procuram sempre ameaçar, para que o devedor quite suas pendências, não
há dó nem empatia, porque do outro lado da linha, há um atendente que estava
desempregado e tem metas diárias para cumprir, caso contrário, perde o emprego
conseguido com muita dificuldade.
Tenho consciência que não são todas as empresas que agem assim, algumas
como o SENAC deixam o profissional inadimplente participar do processo seletivo
e caso tenha alguma pendencia com a empresa, só a necessidade de fazer um
acordo durante a entrega de documentos para a admissão. Mas, em relação as
outras empresas contratantes a pergunta que fica é: Como os desempregados vão
pagar suas dívidas e limpar seus nomes, se as empresas que contratam não
aceitam profissionais com restrição? A conta não fecha e os números tendem a
aumentar estratosfericamente e infelizmente quem paga por isso, são os milhões
de desempregados que só precisam de uma chance para voltar a ser uma pessoa com
uma boa pontuação no score.
Artigo publicado em meu linkedin Tem restrição? Então, você está fora!
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